terça-feira, 30 de outubro de 2012

O que é pessoal é político.


Trato aqui de um trabalho de final de período produzido para uma disciplina de Sociologia. Tentei realizar uma análise baseada nos textos discutidos durante o curso. Espero que ajude alguém a entender um pouco sobre os acontecimentos das décadas de 60 e 70: o movimento hippie, a popularização do Rock com os Beatles e Jonh Lennon, a Guerra do Vietnã , os Yippies e as lutas com os Panteras Negras e a revolução sexual.  
Boa Leitura! 
Myllena Cunha

 


                                             “O que é pessoal é político.” 

 Uma leitura sobre a contracultura e os acontecimentos da década de 60.

         Inicio meu trabalho com o título acima, pois em minha leitura acerca dos eventos ocorridos nas décadas de 1960 e 1970 não haveria melhor explicação do que esta frase. 
     Vimos que as décadas de 60 e 70 trouxeram para a sociedade debates que antes não eram cogitados de existir. Principalmente trazidos pelos jovens e estudantes, o movimento de contracultura do século XX revolucionou o tratamento corriqueiro da sexualidade, da política, das drogas (de certo modo) e da liberdade individual pelo mundo todo.
No governo de Nixon, os Estados Unidos viveu a longa, derrotada e impossível Guerra do Vietnã, que foi uma das principais críticas dos movimentos que surgiram na década de 60. As tropas militares dos E.U.A estavam sendo massacradas, muitos jovens soldados morrendo, muito dinheiro gasto,  com isto a permanência das tropas americanas no Vietnã se tornou insustentável. Não podemos deixar de falar que as críticas não se embasavam somente nas inúmeras mortes de soldados americanos pura e simplesmente, mas também que, com o alto custo que esta guerra teve, os impostos aumentaram e produtos básicos para o consumo  começaram a faltar nos mercados. 
Em outras partes do mundo, como no caso estudado na França, as manifestações estudantis de Maio de 1968 culminaram numa greve nacional dos operários. Como  Hobsbawm em Paris, “os  “acontecimentos de maio” foram entendidos como o epicentro de uma explosão bicontinental de rebelião estudantil.” Como os jovens sempre são a parte mais atuante em todo processo de transformação social, jovens de várias partes do mundo iniciavam uma série de protestos das mais variadas formas contra a Guerra do Vietnã, contra o sistema Capitalista; contra toda forma de repressão individual existente; favor dos direitos civis dos negros e da liberdade sexual. “É proibido proibir.”
Culminando na politização da vida cotidiana, a contracultura com o movimento hippie e os Yippies, ou melhor, os “maníacos por ações” tiveram importância fundamental neste processo de transformação que se cedeu nas décadas de 60 e 70.
O movimento hippie, que defendia a Paz e o Amor, embora por várias vezes usasse de meios não muito pacíficos foi fundamental na consolidação do movimento da contracultura. Defendam uma forma de vida alternativa a do Capitalismo, alternativa a da guerra e da exploração. Vivendo de forma comunitária e pacífica, as comunidades hippies vinham em reposta a miséria que se alastra pelo mundo, difundindo a liberdade sexual, liberdade das drogas e dos estilos de vidas.      
Os Yippies foram liderados por Abbie Hoffman e Jerry Rubin, se auto-intitulavam “maníacos por ações”, foi formado por hippies que praticavam grandes atos públicos para chamar a atenção da mídia. A finalidade deste grupo era, através de atos públicos, chamar a atenção das pessoas para o que estava acontecendo nos E.U.A e no mundo,  e através de seus atos, instigarem as outras pessoas a fazerem o mesmo. “Ideologia do ato”, como diz Hoffman, estes atos fariam com que as pessoas tivessem idéias próprias e começassem a agir por elas mesmas.
 As ações dos Yippies eram centrais nas manifestações e nos comícios contra a Guerra do Vietnã. Eles também lutavam pelos direitos civis dos negros e juntos com John Lennon e com o grupo de extremistas-radicais pelos direitos civis dos negros, os Panteras Negras, consolidaram fortes protestos (como shows e comícios) anti-capitalistas, contra a Guerra do Vietnã e a favor dos direitos dos negros.
Um dos mais famosos atos dos Yippies foi jogarem notas de dólares que no chão da Bolsa de Nova York. Através deste ato, queriam mostrar com o desespero das pessoas para pegar as notas que as pessoas que estavam no pregão da bolsa de valores, trabalhando com dinheiro e fazendo dinheiro, não fazem parte do capitalismo. Os pobres não fazem parte do Capitalismo. Distorcem tanto a essência do Capitalismo que não conseguem enxergar que estão a margem do sistema. A aparência é o inverso da essência (Karl Max, 1867).
O movimento hippie assim como os Yippies surgiram em contramão do avanço do sistema capitalista na sociedade. Os Yippies manipulavam os símbolos famosos exibidos pela imprensa de massa para poderem publicar suas idéias, porém, também produziam materiais de produção contra a guerra por meios alternativos, como poemas que eram distribuídos pela cidade em formato de panfletos e eventos culturais gratuitos, a “arte do lixo”,  como chama Hoffman.
Os Yippies consolidaram uma comunidade alternativa  que continham de 20 a 30 mil pessoas. Nesta comunidade havia institutos médicos gratuitos, distribuíam comidas de graça e montaram lojas gratuitas em que as pessoas poderiam entrar e levar o que quisesse, assim também como podiam deixar as coisas que não queriam mais, sempre tinha alguém para arrumar a loja.
Em seus atos, em suas façanhas capitalistas, os hippies eram anti-dinheiro, anti-trabalho, anti-capitalismo, anti-tudo o que presumisse a exploração de um indíviduo pelo outro. Tudo deveria ser gratuito, pois a sociedade americana era rica, estavam vivendo um momento pós-escassez, um momento de abundância e haviam muitas pessoas ricas, era só distribuir o dinheiro com as pessoas pobres.
A forma popular do movimento alternativo foi sem dúvida o Rock. É inegável que a cultura e o estilo de vida das novas gerações do rock foram politizadas e atuantes em todas as mudanças dos anos 60 e 70. E como o Rock de propagou e se popularizou na sociedade foi com a banda inglesa Beatles, com suas letras que falavam de política, exploração capitalista e a miséria, no meio de baladas românticas que enlouquecia a cabeça das adolescentes. Em particular podemos falar de Jonh Lennon, que mesmo   na época em que formava os Beatles escrevia a maioria das músicas.
 Lennon se separou do grupo, se assim posso dizer,  porque não agüentava mais a vida de ser um pop star. Sentira e queria fazer mais com o seu talento. Estava vivendo uma transformação na sociedade e, para ele, não iria conseguir estar junto desses jovens que estavam transformando os hábitos da sociedade estando nos Beatles.
Anos após a saída de Lennon, ele e sua mulher Yoko Ono produziam músicas que falavam bem mais das crises atuais e de políticas do que na época em que estava no Beatles. Foi sua época mais produtiva, segundo ele próprio. Durante os anos e o desenvolvimento de seu trabalho com Yoko, Lennon se tornou muito próximo de Hoffman, e consequentemente dos próprios  Yippies.
Quando Jonh Lennon, os Yippies e  os Panteras Negras se aliaram,  a perseguição do regime de Nixon para com Lennon se tornou o drama de sua vida.   A  presença de Lennon junto dos Yippies e dos Pantes Negras serviu para assegurar a atenção da mídia nos atos de protestos que realizavam, já que toda causa que Lennon apoiava a mídia estava voltada para ele. Lennon e Yoko apoiaram várias causas levantadas pelos hippies e pelos movimentos populares. Realizaram vários shows e uma turnê beneficente para arrecadar fundos para familiares de chacinas que aconteceram durantes rebeliões nas cadeias.
Os acontecimentos das décadas de 60 e 70 não trouxeram uma revolução política, embora falar sobre política nacional ou internacional tenha se intensificado na vida das pessoas, mas trouxeram uma revolução das relações cotidianas. Era impossível diferenciar o que era pessoal do que era político. Foi uma revolução cultural acima de tudo. Revolução esta que foi inspirada no Terceiro Mundo (Cuba, Vietnã e Che Guevara).  Os Yippies conseguiram a redução das penalidades e a diminuição do preconceito para com o estilo hippie, mas os Beatles foram os “agentes” que levaram a influência política para os jovens. A contracultura trouxe consigo sem sombra de dúvidas e liberdade sexual, principalmente da sexualidade feminina. Quebrou Tabus e adicionou hábitos a vida humana. Diminuiu preconceitos e garantiu finalmente direitos para uma parcela da população que era ignorada pela sociedade, os negros. Com certeza se hoje as mulheres podem usar tênis e calça jeans, pode-se usar a camisinha como método contraceptivo, pode-se ouvir rock (rock me refiro aos clássicos dos anos 60,70 e 80) sem haver proibições, os negros têm o direito de estudar e votar, foi graças a essa “rebelião estudantil bicontinental” que os anos 60 e 70 propiciaram.  




BIBLIOGRAFIA

GILMORE, Mikal. “O mistério em Jonh Lennon”. In Ponto final: Crônicas sobre os anos 1960 e duas desilusões. Ed: Companhia Das Letras.


HOBSBAWM, Eric. “ Os anos 60.” In Tempos interessantes: Uma vida no século XX. 1ª reimpressão. Ed: Companhia Das Letras.

HOFFMAN, Abbie em entrevista para Ken Gordan. “Eu sei que vencemos!” In Maio de 68. Coleção Encontros.

LENNON, John e ONO, Yoko em entrevista com Robin Blackburn e Tariq Ali. “Poder ao povo!”

MARX, Karl. O CAPITAL : Crítica da Economia Política. Tomo 1. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.   2002

NORMAN, Philip. “O Yippie Yippie Skake: eu me apaixonei por Nova York ao virar uma esquina”. In Jonh Lennon: A vida. Ed: Companhia Das Letras.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Public Domain - The Truth about the World Cup and the Olympics - Domínio Público - A verdade sobre a Copa e as Olimpíadas


          Venho aqui denunciar alguns dos crimes que estão acontecendo no município do Rio de Janeiro. Crimes estes cometidos pelo poder federal, estadual e principalmente, municipal.
          Com as obras para os malditos jogos da Copa  de 2014 e das Olimpíadas de 2016, Dilma Roussef (presidenta), Sérgio Cabral (governador do Estado do Rio de Janeiro) e Eduardo Paes (prefeito do Município do Rio de Janeiro) estão expulsando cada vez mais os pobres das áreas nobres do Rio de Janeiro. Expulsando a pobreza da Zona Sul e da Zona Portuária onde irá receber o projeto "Porto Maravilha".
           Nos morros que estão localizados na Zona Sul da cidade, morros em que suas casas possuem vista para a praia, estas nossas três esferas do governo estão expulsando os moradores de suas casas com a desculpa de risco de desabamento, e no lugar das casas, constroem locais de atrações turísticas.  No documentário "Domínio Público" mostra em 17 minutos a covardia que o Brasil está realizando para com a pobreza. Concretamente acontece hoje em meu Estado e município,  uma limpeza étnica de pobres para a periferia da Zona Oeste da Cidade Maravilhosa.Periferia esta onde as milícias agem livremente com o apoio e financiamento do prefeito e do governador.
           Pessoas são expulsas de suas casas por policiais ou guardas municipais armados. Estes policiais ou guardas destroem todos os bens materiais das pessoas e no lugar deixam sujeira, destruição dos sonhos e miséria. A vergonhosa "ajuda" que o governo dá para essas pessoas é o aluguel social de míseros 400 reais para cada família que foi despejada na base da violência de suas casas.
             Com o advindo das UPP's(Unidade de Polícia "Pacificadora"), que nada mais é que a força policial entrando na favela somente no intuito de concretizar a expulsão dos moradores na base da força, temos uma série de denuncias de agressão física que estes policiais praticam com os moradores.
              No Morro da Providência, localizado na Zona Portuária da cidade,  pessoas têm suas casas marcadas  pela prefeitura para demolição na calada da madrugada. Todos os dias os moradores recebem a "visita" de agentes públicos que comunicam a obrigação de saírem de suas casas. Não existe, porém, nenhuma ordem de despejo praticada por juiz algum, somente a força policial em si mesma.
               Nos morros da Zona Sul, as casas que dão de frente para o mar também recebem a mesma marcação e ainda mais, a suposta iminência de um grande risco de desabamento que, da noite para o dia, após a saída dos moradores, viram grandiosas obras para points turísticos.
              A prefeitura está construindo UMA estação de teleférico no Morro da Providência que custará INICIALMENTE 40 MILHÕES DE REAIS!!! Um grande rombo nos cofres públicos sem fiscalização!
             E no meu bairro então? O Bairro do Caju, localizado também na Zona Portuária. Meu bairro serve de nada mais nada menos de lixo de todo o Porto Maravilha. Temos várias empresas de transportes de caminhões e o próprio porto, recebemos TODO o fluxo de cargas em containeres que o Rio de Janeiro possui e recebe. Não há UM semáforo que funcione de verdade, sendo que no meu bairro moram mais de 20 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2010. Tínhamos o Hospital de Infectologia São Sebastião e o Hospital Anchieta que era referência em ortopedia, mas a presidenta Dilma e o governador Sérgio Cabral fizeram o favor de fecha-los. Tínhamos um posto S.O.S que foi fechado para no lugar vir uma clínica da família que funciona mal e porcamente.
               As carretas e os carros estacionam nas calçadas ou então nas próprias ruas, provocando trânsito de horas e horas intermináveis. NUNCA houve a presença da guarda municipal em meu bairro. Aliás, é lamentável o uso que a prefeitura faz da guarda municipal que ao invés de fiscalizar crimes como estes, vão para  a praia reprimir o altinho que os banhistas praticam a décadas.
              Desses grandes Mega Eventos esportivos, o povo só terá um legado: REMOÇÃO!
             A televisão e o jornal não mostram esses crimes preconceituosos e essa faxina que Dilma, Cabral e Paes estão realizando em nossa Cidade Maravilhosa. O único veículo de comunicação livre e sem censura que possuímos no Brasil é a internet. Nos ajude a divulgar estes crimes para que pelo menos com o apelo internacional estes três criminosos que hoje ocupam o poder executivo, se sintam ameaçados e parem de extorquir nosso povo e matar todos os nossos sonhos



I come here to report some of the crimes that are happening in the city of Rio de Janeiro. These crimes committed by the federal, state and especially local.
          
With the works for the bloody games of the 2014 World Cup and 2016 Olympics, Dilma Rousseff (president), Sérgio Cabral (Governor of the State of Rio de Janeiro) and Eduardo Paes (Mayor of the Municipality of Rio de Janeiro) are increasingly casting more noble poor areas of Rio de Janeiro. Extruding poverty in the South Zone and the harbor area where the project will receive "Marvelous Port".
           
In the hills that are located in the South Zone of the city, hills on which their homes have views of the beach, these three spheres of our government are evicting residents from their homes under the guise of risk of collapse, and in place of the houses they build local tourist attractions. In the documentary "Public Domain" shows in 17 minutes cowardice that Brazil is doing to eradicate poverty. Specifically happens today in my state and county, an ethnic cleansing of the poor to the periphery of the West Zone of the City where this Maravilhosa.Periferia militias act freely with the support and funding from the mayor and governor.
           
People are driven from their homes by armed police and municipal guards. These policemen or guards destroy all material goods and people in place leave dirt, misery and destruction of dreams. The shameful "help" the government gives to these people is the rent of social measly 400 reais for each family that was evicted based violence in their homes.
             
With the arising of the UPP's (Police Unit "Peacemaker"), which is nothing more than a police force entering the slum only in order to carry out the eviction of residents on the basis of strength, we have a number of allegations of physical abuse that these police practice with the locals.
              
In Morro da Providencia, located in the harbor area of ​​the city, people have their houses marked for demolition by the city in the dead of night. Every day the residents receive a "visit" of public officials who communicate the requirement to leave their homes. There is, however, no eviction committed by a judge, only the police force itself.
               
In the hills of the South Zone, the houses that give the oceanfront also receive the same markup and even more, the supposed imminence of a major landslide risk that the overnight following the departure of residents, saw great works points for tourist.
              
The city is building A lift station in Morro da Providencia Initially it will cost 40 MILLION REAL!! A large hole in state coffers without supervision!
             
And then in my neighborhood? The Neighborhood Cashew, also located in the harbor area. My neighborhood serves as nothing less garbage around the Marvelous Port. We have several transport companies and truck port itself, we received ALL the flow of cargo in containers that Rio de Janeiro has and receives. There is A Light that works for real, and in my neighborhood live more than 20 000 inhabitants, according to the IBGE census 2010. We had the Hospital of Infectious Diseases and Hospital Anchieta that was reference in orthopedics, but President Dilma and Governor Sérgio Cabral did the favor of closing them. SOS had a post that was locked in place to see a family clinic that works poorly and nastily.
               
The trucks and cars park on sidewalks or in their own streets, causing traffic hours and endless hours. NEVER was the presence of the municipal guard in my neighborhood. Indeed, it is unfortunate that the city makes use of the municipal guard who oversee rather than crimes like these, go to the beach repress Altinho that swimmers practice decades.
              
These great Mega Sporting Events, people only have a legacy: REMOVAL!
             
Television and newspaper do not show these crimes biased and that this housecleaning Dilma, Cabral and Paes are doing in our Marvelous City. The only means of communication free and uncensored we have in Brazil is the internet. Help us spread these crimes so that at least with international appeal these three criminals who now hold executive power, feel threatened and stop extorting our people and kill all our dreams